domingo, 23 de abril de 2017

Receita sem glúten, de Lorete



Bolo de fécula de batata

Ingredientes: 6 ovos
02 xícaras de chá de açúcar
3/4 de margarina
02 xícaras de chá de fécula de batata
01 colher de chá de fermento em pó
01 vidro de geleia de laranja

Modo de fazer:
Bater as gemas
 Acrescente aos poucos a fécula, peneirada com fermento
Acrescentar as claras batidas em neve
Misturar e levar ao forno médio
Retirar e deixar esfriar, após cobrir o bolo com a geleia

Sensibilidade ao glúten



O que é Glúten?

Lorete Maria da Silva Kotze in Sem Glúten, (Revinter, 2001), diz que é  a massa coesiva que permanece quando a pasta de farinha de cereais é lavada para retirar os grânulos de amido, que também é usada como espessante em molhos, enlatados e embutidos. A fração proteica é chamada de prolamina e representa 50% da quantidade total de trigo, a do trigo é denominada gliadina, a do centeio, secalina e a da cevada hordeína. A gliadina e a secalina são consideradas tóxicas. Há cereais que não contém glúten, como farinha de arroz, farinha de milho, farinha de soja e fécula de batata. A doença que se refere à sensibilidade ao glúten chama-se DSG e constitui um espectro de afecções que inclui a doença celíaca, dermatite herpetiforme (doença celíaca da pele), nefropatia por depósito  de igA. São consideradas doenças autoimunes. |Além de destruir a camada mucosa do intestino delgado. A dermatite herpetiforme causa lesões e bolhas pelo corpo. As pessoas que tem apenas intolerância temporária, ao retirar de imediato o glúten, melhoram, Já para os celíacos a situação é mais complicada. Precisam retirar o glúten da dieta e evitar a contaminação cruzada, isolando-se de qualquer contato com o glúten.









Principais sintomas: 

 Em crianças:diarreia, sensação de estofamento, perda de peso, anemia, fadiga crônica, fraqueza, dor óssea, cãimbras, constipação intestinal;
Em adolescentes: pode iniciar após episódio de infecção intestinal. Sintomas déficit de crescimento, desnutrição, suspensão do fluxo menstrual nas meninas, após a primeira menstruação, atraso no aparecimento dos pelos em meninos e na produção de espermatozoides.
Em adultos: anemia, distúrbios menstruais, infertilidade ou abortamento, diminuição dos espermatozoides, problemas ósseos, neurológicos e psiquiátricos.

Diagnóstico: É feito com exames de sangue para analisar anticorpos antigliadina igA e igG (indicados para crianças até dois anos de idade. Anticorpos antiendomísio (EmA IgA e anti-transglutaminas(anti-tTG). Outro exame é a biópsia do intestino delgado. É feita pela boca, e colhido material do duodeno, com fibroscópios, para análise no microscópio. O paciente deve ficar em jejum de sólidos e líquidos por 08 horas. O exame dura poucos minutos. Não se deve retirar o glúten para fazer o exame, tampouco retirá-lo da dieta, sem ter feito os exames necessários à descoberta da sensibilidade.

Para os celíacos a única cura é a retirada total do glúten e da lactose. A família deve notificar a escola no caso da descoberta em crianças. Havendo alguém diagnosticado na família, outros membros devem fazer o exame. Os gêmeos monozigóticos costumam ser mais atingidos. Para auxiliar na dieta e socialização, o paciente pode procurar ajuda com nutricionista e psicólogo.
Tratamento: Na doença celíaca o tratamento é a isenção do glúten, na doença celíaca herpetiforme são usadas as sulfonas:dapsona. Devem ser evitados remédios que contenham amido de trigo e milho. 
Mas ainda é preciso tomar cuidado com outras substâncias que podem prejudicar os pacientes sensíveis ao glúten como a goma Xantana, cápsula de um micro-organismo que cresce em laboratório, é colocada em fermento de pão e outras farinhas em glúten, para panificação, a fim de dar liga. Outra substância prejudicial é proteína vegetal hidrolisada da soja, do milho, arroz, amendoim, ou caseína do leite. É preciso sempre checar na embalagem o que o produto contém. Existem ainda o que a autora coloca como glúten escondido, usado em espessantes, proteína vegetal hidrolisada e produtos light com trigo e aveia, para reduzir calorias e gorduras. Atualmente, estudo de Anthony Samsel,  e Stephanie Seneff,bioquímicos da Universidade de Massachuts (EUA) afirmam que o herbicida glifosato, (criado pela Monsanto) e colocado nas lavouras  de soja, trigo, milho e outros, influi na doença celíaca, destruindo a mucosa do intestino delgado e potencializando a intolerância ao glúten. Há outros autores que dizem que é preciso também cuidado com as latas de embutidos e os plásticos que são usados nas embalagens, pois liberam substâncias tóxicas. Logo, cuidar o que comemos faz parte da qualidade de nossa vida.Lenira Pereira.
 Saiba mais em: http://www.fenacelbra.com.br/fenacelbra/