sexta-feira, 5 de agosto de 2016

O que o povo Porto-Alegrense espera do novo prefeito


Os porto-alegrenses querem mudanças, não só de governo, mas de atitudes. Querem melhorias na saúde, sem precisar judicializar, (recorrer à justiça para fazer valer seus direitos). De nada adianta a Constituição dispor o direito à saúde se essa não encontrar efetividade, no acesso aos postos, por falta de segurança, se o direito ao atendimento médico não ocorrer por falta de médicos, dentistas, de enfermeiros, técnicos, de macas, leitos, vacinas e medicamentos simples e prioritários, como ibuprofeno, por exemplo, que essa semana faltou no Postão da Cruzeiro e o paciente teve de pegar ônibus, sem dinheiro,  e enfrentar fila em outro posto, para conseguir. Por outro lado segundo os princípios do SUS, o cidadão deve ser visto em sua integralidade. Assim analisado, não pode faltar psiquiatras ou dentistas nos postos, porque precisa ter sua saúde mental e bucal tratada. A saúde pública em Porto Alegre, teve avanços, mas ainda faltam serviços básicos. Os índices de doenças como tuberculose, hepatite, diabetes, HIV/Aids, são altos. E o AVC continua matando jovens e adultos. Sérgio Murta Maciel, da Universidade Federal de Juiz de Fora, diz que ter saúde bucal é um direito constitucional que deve ser abrangido pelo SUS. Ele salienta, em seu artigo sobre o tema, que a Conferência Nacional de Saúde Bucal, realizada em 1993, definiu saúde bucal como parte integrante e geral da saúde do indivíduo, diretamente relacionada às  condições de saneamento, alimentação, moradia, trabalho, educação, renda, transporte, lazer, serviços de saúde e informação. Segundo a OMS, os problemas de posicionamento dentário e mau relacionamento dos ossos maxilares, más oclusões dentárias são o terceiro problema odontológico de saúde pública no Brasil. Entre os problemas bucais mais incidentes na população estão as cáries, a doença periodontal e as más-oclusões. O problema da cárie vem declinando, mas a população anda se queixando de falta de dentistas nos postos. Sérgio Murta diz que "Devido a grande prevalência de más-oclusões, à grande transformação epidemiológica por que passa a saúde bucal, com forte declínio das cáries, e com base nos princípios constitucionais de integralidade e equidade, tornou-se necessário viabilizar a incorporação de procedimentos ortodônticos pelo setor público de saúde. É preciso ampliação dos serviços odontológicos públicos.  Segundo o autor a saúde bucal brasileira reflete algumas das principais características de nossa sociedade: economia em crise, desigualdade social, 70% da população, situada no extrato de baixa renda, e muito baixa renda, fica fora do serviço odontológico,  sendo que no Brasil 70% do total de gastos com saúde bucal, estão alocados no setor privado e apenas 30% no setor público, transformando a prática odontológica em privada e curativa." 

 Ele ressalta que saúde bucal não é estética, é questão de saúde pública, pois  da falta dela decorrem inúmeras doenças. Espera-se, que o novo prefeito coloque mais médicos, dentistas e medicamentos nos postos e que também estabeleça convênios  para ampliar serviços odontológicos como tratamento de periodontia e ortodontia.

Veja abaixo o que a população espera do  novo prefeito:



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