sábado, 25 de abril de 2015

Autismo II

Resultado de imagem para fotos de idosos autistas

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O autismo é uma doença que leva ao desamparo muitas pessoas no Brasil. Felizmente, existem entidades assistencias que se preocupam com esses doentes, como a Casa de David em São Paulo. casadedavid.net.br. No Rio Grande do Sul, há também Casas de Acolhimento e Associações que se dedicam a dar apoio material e psicológico aos doentes e às famílias, como a casa de Acolhimento de Bento Gonçalves, na rua Tv Silva Paes 329, bairro Cidade Alta. www.bentogoncalves.rs.gov.br. As pessoas que sofrem maior abandono são as idosas. Segundo a  Associação de Pais e Amigos de Autistas, AMARS, amarsautismo.blogspot.com.br,  

"é preciso urgente que o governo volte os olhos para todos os autistas, não só para a crianças, mas também para os idosos, que muitas vezes são esquecidos, pois todos precisam tratamento continuado, assistência médica multidisciplinar e odontológica". Os idosos autistas têm os mesmos problemas dos idosos comuns, só que mais agravados, pois não têm estímulos para melhorar a qualidade de vida, fazer atividades físicas ou de lazer.

A AMARS, inclusive,  está precisando de assinaturas de apoio à criação de Centro especializado em Autismo. A associação encontra-se apoiando também a pesquisa da nutricionista Rita Cerutti, pesquisadora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFGRS), que realiza pesquisa sobre hábitos de alimentação desse grupo de pessoas, e também a pesquisa da mestranda HAX da Universidade de Pelotas, que está traçando o perfil de estilo de vida de adolescentes com autismo no Rio Grande do Sul. Uma pesquisa sobre autismo no RS, feita por Alexandre Auler e José Silva, da Associação de Autista de Pelotas, Pandorga,  demonstrou que há um abismo entre os direitos assegurados em lei e a realidade da vida dos pacientes. Um grave problema é o estado físico e psicológico dos pais, que muitas vezes, doentes, não conseguem levar os filhos ao locais de tratamento para os cuidados necessários.  Também foi observado no estudo, a grande preocupação dos país com o lugar onde os filhos poderão ficar, quando morrerem. E um dos pais pergunta: "Por que os profissionais não podem trabalhar com nossos filhos em casa?". Eis um depoimento extraído do trabalho:
 
 
"Regina, irmã de Rafael, 31 anos
  
O Rafael ele tem síndrome de Down e autismo. Ele tem, agora, trinta
e um anos. Bom, a nossa maior dificuldade, então, sempre foi essa questão
de ele ter um lugar pra estudar, pra se desenvolver e pra ter a
socialização, pra que ele convivesse com outras pessoas. Alguns lugares
em que a gente levou, o Rafael sempre era, era feito uma triagem com
ele e ele acabava sendo rejeitado em muitos, muitos ambientes, né.
Então, a nossa maior dificuldade, a minha maior dificuldade sempre foi
essa de saber o que fazer com o Rafael. Onde é que, onde é que a gente
vai levar? Não existia nenhum lugar. Sempre, aquilo foi tão impactante
de ter sempre um não, sempre um não. “A gente vai fazer a triagem”, aí

sempre era aquela expectativa: ah, agora vai dar certo, e aí vinha um
não. “Ele não vai se adaptar aqui, ele não vai ser bem recebido”, e a
gente foi acabando desistindo. Ele ficou em casa durante muitos anos.
 
Desde os oito anos até vinte e oito, vinte e sete anos, que a gente conseguiu
 
então uma instituição onde ele é muito feliz hoje.".



 

"Tenho um filho autista com nome Marcos Alexandre, ele tem 28 anos.

Têm as leis, têm os direitos, mas não estão sendo cumpridas, porque
meu filho vive, praticamente, ele me foge, vai pra rua, fica, né, à mercê
das pessoas que batem nele, surram, tudo assim. Porque não tem
atendimento. Eles precisam de um lugar onde possam cuidar, tratar
eles bem. Até mesmo pela segurança deles, porque meu filho tá sendo
 
agredido constantemente. Por causa que eu não tenho como segurar
ele em casa. Eu não tenho como manter ele só em roda de mim. E tem
horas que ele me foge, ele sai, ele vem espancado, ele vem judiado. E
eles precisam de alguém que entendam eles, alguém que ensine, que
batalhe pela educação, pelas coisas que eles precisam, né. E minha maior
tristeza é ver meu filho na rua, apanhando dos outros, sofrendo agressão


 são, sofrendo injúria, chamando de louco".

Fotos e vídeos relacionados.
 

 




















































 
 
 

 
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