terça-feira, 16 de junho de 2015

Epilepsia

Especialistas em neurologia dizem que epilepsia é caso de saúde pública. O terceiro mundo apresenta o maior índice de epilepsia e os baixos níveis econômicos propiciam os fatores desencadeantes. Segundo o Banco mundial, dentre os problemas de saúde mental e neurológica a epilepsia atinge o patamar de 9,3%. (www.comciência.com.br/reportagem)
Paulo César Bitencourt do Departamento de Neurologia da Universidade Federal de Santa Catarina afirma que a epilepsia ocorre mais na população de países em desenvolvimento, em razão de que neles é mais comum a cisticercose, traumas de crânio, doenças febris e infecciosas na infância. A má nutrição eleva o índice de infecções e febre e a febre alta pode provocar convulsões em crianças entre 6 meses a 5 anos. A febre é fator desencadeante de epilepsias, as quais podem acarretar lesões permanentes no cérebro, tornando crianças propensas a crises epiléticas. Paulo acredita que se houvesse uma medicina preventiva, fundada em campanhas educativas, principalmente focada na cisticercose, principal causa, da epilepsia em crianças pobres, o governo estaria contribuindo para o controle e erradicação da doença. Salientam, ainda, os neurologistas que o custo cumulativo das drogas, para controle da doença, é elevado, fazendo com que os pacientes abandonem o tratamento. De acordo com pesquisa no site Psiquiatria geral,(www.psiquiatriageral.com.br) no Rio Grande do Sul existem 100.000,00 (cem mil) epiléticos. A cada ano 4.000 novos casos surgem. Cerca de 20/40% dos epiléticos apresentam menos de uma crise por ano, 10 a 20%, entre 1 a 12 crises e entre 40 e 70%, mais de uma crise por mês. Porém as crises podem ser controladas por medicamentos simples como Hidantal, Tegretol e outros, que devem ser receitados por médicos dos postos de saúde ou particulares. Denomina-se portador de epilepsia o indivíduo que apresenta crises epiléticas parciais ou generalizadas, de repetição, decorrentes de um distúrbio cerebral. As crises ocorrem porque atingem a área do cérebro atrofiada, ou que não recebeu oxigênio, que tem uma cicatriz, ou má-formação cerebral. Qualquer dessas causas pode alterar a eletricidade de alguma área do cérebro. A crise epilética vai ocorrer sempre que alguma dessas áreas tiver atividade elétrica excessiva e descontrolada. Hoje também existem e são utilizadas as micro-cirurgias. Mas essas não são possíveis em todos os casos. É preciso o estudo prévio da estória do paciente e exames específicos. Lenira Pereira.

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